Olá, meninas! Em tempos de crise em que estamos a começar a perder a esperança no que nos rodeia, e sobretudo no rumo do nosso país, achei que era capaz de ser útil relembrar-vos de tudo o que temos para dar. É bem verdade que a economia está mal, que a maioria das pessoas está descontente com a situação política que decorre, com quem dirige o país, com quem diz tentar mudar, mas talvez não mude tanto assim. Isso é tudo verdade, mas também é verdade que por detrás das manifestações de descontentamento, do desemprego, do problema do défice e dos juros, estão pessoas que aproveitaram este momento para fazer a diferença nas suas vidas. Muitos são os que perderam o seu emprego, muitos são os que deixaram de querer viver aprisionados a algo que não os satisfazia plenamente, muitos são os que decidiram encarar a crise com outros olhos, e muitos são os que há muito esperavam e viram agora o momento de avançar. Estou pois a falar dos novos empresários e Homens de negócios em Portugal. Após ter assistido a uma notícia que deu num telejornal, fiquei cheia de curiosidade e decidi fazer uma pesquisa mais aprofundada no assunto, e eis o que descobri:

RILUC e ÁGUA DE PRATA

A Riluc, nome que vem do seu criador “Ricardo Lucas”, é uma nova empresa portuguesa que fabrica móveis de luxo em ácido inoxidável. Esta empresa surgiu de uma metalúrgica que já pouco rendia aos seus donos, e passou, como tal, a uma “nova empresa”. Ricardo Lucas e o filho, são apenas um exemplo de pessoas que viram o seu futuro a escorregar-se-lhes pelas mãos e ao invés de ficarem a olhar deram uma volta por cima mudando toda a dinâmica da fábrica. Aqui trabalham apenas nove pessoas, profissionais no que toca à moldagem desta matéria-prima. A Riluc – Engeneered Forniture já entrou para o ranking das DEZ novas melhores empresas mobiliárias mundiais e fazem exportações para lugares tais como: Arábia Saudita, França, EUA e já estão em negociações com o Paquistão e a Tailândia.

Água De Prata é outra mini-empresa familiar que fabrica mobiliário, mas têm um conceito completamente diferente. O seu criador quis mostrar literalmente que “o que é de Portugal é bom” e começou a fabricar peças com base em técnicas antigas de tecelagem. Este senhor trabalha algures entre Évora e Arraiolos, o que só mostra como não é preciso viver numa grande cidade para que se fique mais conhecido. O criador afirma que as peças não são apenas boas para ver, são ainda confortáveis, resistentes e bastante funcionais. Os hotéis portugueses parecem estar a aderir com bastante facilidade a esta nova marca e alguns deles estão já mesmo, inteiramente decorados pelo artista.

XUZ, VUDU SHOES e EG

Outra área em “vias de expansão” é o calçado português. Veja-se o caso da Xuz marca criada por três mulheres que se lembraram de fazer calçado com a sola em madeira. Têm aqui alguns exemplos do trabalho delas:

Mas estas mulheres não foram as únicas a explorar esta área, muitos outros se seguiram. Outra marca em crescimento é a VUDU SHOES. Esta marca foi criada por uma equipa jovem, apaixonada e original, que desenha sapatos por um público igual a si mesmo. De momento, a VUDU SHOES está a colaborar com algumas empresas portuguesas cuidadosamente seleccionadas para assegurar que todos os produtos utilizados na sua produção são portugueses, assim como a sua mão de obra. Acontece que todos os sapatos desta marca são feitos à mão, sem excepção, e mesmo as cores são trabalhadas pela empresa.

E não acaba aqui, outro que decidiu apostar nesta matéria foi Egídio Alves, que dá o seu nome à marca EG. Egídio é um jovem que como tantos outros se fez à vida. Tem uma mente brilhante e queria sapatos para todos os gostos, mas todos eles com um toque de “Egídio”. Um nome original e um calçado original que já lhe renderam bastante e parece que a marca não vai deixar de crescer.

Dito isto, acho que já deu para perceber que qualquer pessoa pode sair da crise em que está, basta puxar pela cabeça e ser-se aventureiro. Em tempos de crise, requer-se criatividade e expontaneadade. Não baixes os braços e luta por aquilo em que acreditas. Quem diria que as artes seriam a via mais rentavel do momento? E então, quem acha que os portugueses não têm jeito? Já conheciam alguma das marcas? Espero que tenham gostado desta rubrica um bocadinho diferente.

XOXO